quarta-feira, 14 de março de 2012

Poesia no Dia da Poesia.


Sempre gostei de ler, mas confesso que nem sempre fui apaixonada pela poesia, ela foi me conquistando de maneira bem sutil e quando dei por mim lá estava eu, lendo, decifrando, tentando desvendar cada metáfora escrita pelos autores dessa arte. Mais apaixonada fico quando essa poesia ganha uma melodia musical, e mais encantada ainda quando são escritas pra mim!

Tenho um querido amigo virtual, que é dotado por essa incrível habilidade de fazer poesias, sempre que posso vou lá em sua homepage admirar esse cantinho poético cheio de pérolas escritas . E olha como eu sou sortuda, de vez em quando sou presenteada com suas poesias. E Hoje foi um desses dias, publiquei essa foto do post e ele fez um comentário com essa poesia, não diferente das outras vezes fiquei maravilhada. Coincidência ou não, hoje é o Dia da Poesia e eu não poderia ser tão bem presenteada nessa data.

Uma Beleza Rara!

Uma menina, um dia desses; Agora uma mulher
que sabe o que quer; que busca; que entende.
E assiste o tempo passar, como se o tempo não passasse,
pois o tempo passa e a menina que era bela, agora é belíssima;
que a menina que era sapeca, agora pensa e vai atrás;
que a menina que sempre foi linda, agora resta lindíssima;

Que o corações que a procuram, sofrem, vez que são muitos,
inumeráveis. Que a vê se apaixona;
e se não se apaixonar [como diria Florbela]: "É por que mente!";

E se um dia, quem sabe alguém a leve de Teresina;
e para mais longe de Barra do Corda, a leve;
Choraremos os teresinenses e os barracordenses
pois seria como se a mais trigueira e bonita flor de nosso jardim
fosse arrandada de madrugada, e ao nascer do sol
não mais se a visse, não mais se a cheirasse
nem sentisse o seu perfume
nem poderia-se mais olhar seus lindíssimos e quentes olhos;
que a todos olhava, mas apenas alguns poucos, via.

Thamísia Figuerêdo não é de se dizer: "não sei se a vi hoje!";
pois quem a vê um dia, passa milhares pensando.

Não vou dizer que é meiga e guerreira;
nem que a sorte premiará quem a tenha;
nem direi, se nunca a ver, o quanto do meu jardim é triste
pois falta um sorriso;
que adora coisas simples;
que prefere caminhar descalça numa areia branca de uma ilha deserta
do que no alto do salto de sua sandália linda,
mas que também adora o luxo da noite.

Assim é Thamísia: De todos os beijos, o mais quente;
de todos os olhos, o que penetra;
de todos os poros, a pele macia;

E de tudo o que é mais, o poeta somente pode dizer
que é o mais triste, pois respira do mesmo ar de Teresina;
E nunca teve a sorte de soltar o seu amor por Thamísia;
nunca a procurou, embora soubesse onde estava

Porque Thamísia é a pedra mais rara e mais linda
que anda, ou corre, pelos corredores de minha sina.
(Elmano Sandino)

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